1. O consignado privado “antigo”
- Exigia convênio entre a empresa e o banco.
 - Dependia do departamento de RH para encaminhamento de dados e autorização.
 - Pouca transparência: não era possível comparar propostas nem escolher a melhor taxa.
 - A contratação era lenta, burocrática e menos democrática.
 
2. O novo modelo: Crédito do Trabalhador
- Iniciou em março de 2025, com acesso via CTPS Digital.
 - Desde abril, a contratação pode ser feita por bancos digitais e aplicativos.
 - A partir de junho, foi liberada a portabilidade entre instituições financeiras.
 
3. Principais diferenças
| Critério | Modelo Antigo | Novo Crédito do Trabalhador | 
|---|---|---|
| Convênio com empresas | Obrigatório | Não é necessário | 
| Intermediação da empresa/RH | Sim | Não — contratação direta pelo trabalhador | 
| Processo de contratação | Presencial e lento | 100% digital e ágil | 
| Comparação de ofertas | Impossível | Sim, há comparação entre propostas | 
| Quem tem acesso | Apenas trabalhadores conveniados | Todos os CLT, domésticos, rurais e MEIs | 
| Portabilidade | Limitada ou inexistente | Permitida desde junho de 2025 | 
| Garantias adicionais | Nenhuma | Uso de até 10% do FGTS e multa rescisória | 
| Taxas de juros | Variáveis e pouco competitivas | Tendem a ser reduzidas | 
| Quantidade de contratos | Limitado (geralmente 1) | Agora até 9 contratos simultâneos | 
4. Vantagens do novo modelo
- Autonomia total: sem intermediação de RH.
 - Digitalização: contratação via apps bancários.
 - Transparência: possibilidade de comparar propostas.
 - Acesso ampliado: trabalhadores antes excluídos agora têm acesso.
 - Portabilidade: liberdade para buscar melhores taxas.
 - Garantias extras: uso do FGTS reduz riscos e juros.
 - Taxas reduzidas: maior concorrência entre bancos.
 - Mais de um contrato: até 9 simultâneos dentro da margem de 35%.
 
5. Requisitos para adesão
- Ter vínculo CLT ativo registrado no eSocial.
 - Ter margem consignável disponível: até 35% da renda líquida.
 - CPF regular e conta ativa.
 - Receber salário no mês anterior.
 - Possibilidade de manter ou migrar contratos antigos.
 
6. Migração / portabilidade
- Quem já tinha consignado privado pode migrar para o novo modelo.
 - É possível transferir contratos entre bancos, buscando melhores taxas.
 - O banco de origem deve liberar a portabilidade se não cobrir a nova oferta.
 
7. Cuidados e boas práticas
- Compare taxas e custo efetivo total (CET) antes de contratar.
 - Fique atento a juros abusivos e contratos fora da margem.
 - Mantenha controle sobre a soma dos contratos ativos.
 - Lembre-se: o uso do FGTS como garantia é opcional.
 
✅ Conclusão
O Crédito do Trabalhador é uma inovação no mercado de crédito consignado privado, com contratação mais simples, taxas potencialmente mais baixas e acesso ampliado. O modelo empodera o trabalhador CLT, doméstico, rural ou MEI com mais autonomia e liberdade de escolha. É a hora de analisar as opções disponíveis e tomar decisões financeiras com mais clareza e segurança.
															
															